Datas comemorativas nunca me enganaram. Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais. Hoje é dia dos pais, aliás. Seria redundante dizer que a única função de todas estas ocasiões é vender presentes, ganhar dinheiro. Disso, todo santo brasileiro, que vive com o pé na jaca, já está careca de saber!
Perfumes e cosméticos em segundo lugar, com 13%. Calçados e acessórios logo em seguida, com 9%. Brinquedos? Não foram elencados. Ok, talvez seja melhor eu superar.
Pouca gente tem o privilégio de se lembrar do que estava fazendo em julho de 1994. Eu me lembro!
Me lembro perfeitamente da história que, mais tarde, seria a minha preferida de todas. Os animais se curvando ao novo príncipe que nascia, o tio mau e invejoso, os gnus (não, eu ainda não sabia que aqueles "boizinhos" eram, na verdade, gnus) correndo atrás de Simba, a morte do papai dele e, claro, de Hakuna Matata! Como se esquecer de Timão e Pumba? Impossível.
Mas do que me lembro mesmo é de ter ao meu lado aquele homem que, naquele momento (e em muitos outros) era a única companhia que eu queria (e precisava) ter. Meu pai!
Como quaisquer seres humanos, os pais têm falhas e defeitos. Eles nem sempre agem como gostaríamos e, em contrapartida, nós, filhos, cometemos os mesmos erros. E, apesar de taaaaantas diferenças entre meu pai e eu (repare bem na quantidade de "A's" que usei na palavra "taaaaantas"), nenhuma porcentagem estúpida em pesquisas econômicas muda o tamaaaaanho do meu amor por ele (repare bem na quantidade de "A's" que usei na palavra "tamaaaaanho"). E é disso que estou falando! Das lembranças.
Me lembro de cada dia feliz. De cada dia não-feliz. De cada festa de aniversário. De cada ajuda para estudar matemática quando eu ficava de recuperação. E me lembro do gosto musical (nada) questionável que meu pai implantou em mim. The Cranberries, Phil Collins, Fábio Jr., Legião Urbana.
E, entre todas essas lembranças, a mais importante é deste homem cantando o trecho de uma das músicas que mais mexem comigo até hoje: "Meu filho vai ter nome de santo. / Quero o nome mais bontito. / É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. / Porque se você parar pra pensar / Na verdade não há".
E, como não há amanhã, vamos fazer o hoje valer a pena. Com ou sem dinheiro para presente. Com ou sem macarronada de domingo. Com ou sem diferenças. Mas absolutamente SEM orgulho para sempre baixar a guarda e admitir: pai, eu te amo. Obrigado por ter me ensinado tão grandiosas lições e tão inestimáveis valores. Se hoje sou o homem que sou, você tem parte nisso e eu me orgulho de você.
"Você culpa seus pais por tudo. Isso é absurdo. São crianças como você. O que você vai ser quando você crescer". (Legião Urbana - Pais e Filhos)
Lindo. Parabéns.
ResponderExcluirLindo. Parabéns.
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